quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

21-12-2012 será o fim?

E se o mundo acabar amanhã?

Se o mundo acabar amanhã eu não acho que morrerei satisfeita. Fiz muito pouco na minha vida, não realizei nenhum dos meus grandes sonhos.
Se o mundo acabar amanhã morrerei frustrada, na verdade. Por viver 20 anos e não conseguir nada.
Se o mundo acabar amanhã estarei pensando nas pessoas mais jovens que eu, aquelas que viveriam muito menos do que eu. Pobres crianças.
Se o mundo acabar amanhã estarei esperando o fim, e não lutando contra ele.

Mas eu não acredito que o mundo vai acabar amanhã. Amanhã será só mais um dia. Manhã, tarde e Noite, como deve ser. Mas todo esse clima de fim de mundo me levou a avaliar muitas coisas, e a minha conclusão é de que não estou pronta pra morrer. E nem acho que um dia eu vou estar... só se eu passar dos 90, talvez.
Mas de alguma forma me deu forças pra pensar no futuro e encará-lo com um pouco mais de coragem. Parar de reclamar do presente ao invés de vivê-lo. E o passado? Ah... esse nunca me abandona.
O que eu quero dizer é que um dia, o mundo vai acabar de verdade, mas eu espero morrer de morte morrida antes de uma explosão solar ou um apocalipse zumbi. Ou seja, um dia eu vou morrer, todos vão. E ninguém sabe quanto tempo tem.
O máximo que podemos fazer é se preocupar com o que estamos vivendo agora, planejar o dia seguinte, porque ninguém sabe se você chegará ao mês que vem.

Se o mundo não acabar amanhã, vou viver mais o agora. Não que abandone meus planos, mas vou me ocupar menos com eles. Deixar que as coisas aconteçam.
Se o mundo não acabar amanhã, já fiz as compras de Natal, e já garanti meu Chester.
Se o mundo não acabar amanhã, já limpei a casa toda.
Se o mundo não acabar amanhã vou saber de quantos filhotes minha gata está grávida.
Se o mundo não acabar amanhã, vou continuar vivendo.
Como eu fiz nos últimos 7.510 dias (aproximadamente). Sim, eu fiz a conta.


Bom fim de ano pra vocês, e é só isso.

sábado, 26 de maio de 2012

sobre amizade e bicicletas.

Deveria ser como andar de bicicleta.
Alguém te ensina uma vez. Você se desequilibra, cai, rala os joelhos, cotovelos e até talvez possa quebrar um braço. Mas assim que se recupera, volta a montar na bicicleta e anda perfeitamente.
Passam-se meses, anos até. Mas quando você volta a pedalar aquela velha bicicleta, é como se nenhum minuto tivesse passado desde a última pedalada.
Deveria ser assim, simples como andar de bicicleta.
Uma vez que se é amigo, não importa o tempo ou o que aconteça, você sempre vai saber como ser amigo.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

meu dia das mães veio mais cedo.


Eu sabia desde o início que eu correria alguns perigos quando decidi cursar Psicologia. Hoje, foi o mais violento.
Tive duas aulas. As duas aulas me atingiram.
Na primeira, tive uma perspectiva nova sobre uma coisa da qual eu falei por metade da minha vida. Uma perspectiva bruta, literal, e mais do que isso, técnica. Ter essa visão sobre uma coisa que faz parte da minha história, de certa forma, machucou. Principalmente pelo fato de estar relacionado a emoções difíceis de se lidar.
Isso me levou até a segunda aula. Um pouco confusa com o que eu sentia, tentava não pensar nisso. Mas então o assunto ressurge dentro de mim, se entrelaçando com um breve comentário que deve ter passado dispercebido por alguns... mas pra mim, foi crucial.

O fato é que eu nunca me senti abandonada. Nem por um segundo.
Até hoje.
Mas todos que ouviram a minha história, muito provavelmente detectaram o momento do meu abandono. Acho que eu sempre tentei ver pelo lado bonito das coisas. Uma última tentativa de embelezar a estrada que me trouxe até aqui.
Mas por que hoje? Por que eu só me senti abandonada quase 18 anos depois do fato ter acontecido?
Minha conclusão?
Eu tinha apenas dois anos. Não possuia palavras ou símbolos o bastante pra significar aquilo. Não que eu não tenha sentido. Devo ter sentido, e muito. Mas nunca soube explicar, por isso nem sabia que tinha sentido.
Então, muitos anos depois, dentro de uma sala de aula, meus olhos se enchem de lágrimas, e eu sinto um vazio, um desamparo, que mesmo hoje tendo uma diversidade de palavras e símbolos em meu conhecimento, eu não sei significar.
Mas agora eu sei que eu sinto.
Um fato no presente, que me remete a algo do passado, que nem mesmo eu sabia que tinha sentido.

E no instante em que eu me dei conta de tudo isso, fez sentido.

Eu não a odeio. Não a culpo. Não a julgo.
Eu hoje consigo entender que ela nunca soube que me abandonou.
Não foi ela que fez isso comigo. Foi a vida dela que a levou a isso.
E quem diria, que depois de uma vida inteira longe emocionalmente dela, duas aulas de psicologia em um mesmo dia, me fariam ter meu primeiro momento de intimidade com a minha própria mãe.

Descance em paz mãe, pois você merece.
Mas eu prometo que ainda chegarei mais perto de você.



Um Feliz Dias das Mães pra todo mundo.
Um conselho? Aproveitem enquanto elas ainda estão por ai...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

crise de criatividade = crise de identidade

E quando um ano novo chega, eu prometo um monte de coisas. E quando o ano se vai, eu vejo que até cumpro algumas coisas... mas outras, serão eternamente promessas a cumprir.
Acontece que 2011 foi um ano de guerra. Guerra comigo mesma, com a minha própria imaginação. Acho que faz uns 5 meses que eu não consigo criar nada que preste. Nenhum texto, nenhuma música... nem mesmo uma combinação de roupa agradável aos olhos. E quanto mais tempo dura essa minha Crise de Criatividade, mais eu acho que ela nunca vai acabar. Mais eu acho que eu nunca vou conseguir escrever de novo. E ninguém consegue ter noção de como eu sofro com isso... afinal, desde que eu aprendi a escrever, com meus míseros 6 anos de idade, eu escrevo.
Minha primeira música é datada de 2000, eu tinha 8 anos.
Faz parte de quem eu sou, escrever o que eu não consigo falar. Escrever sobre o que eu não consigo lidar. Era a forma que eu tinha de encarar a vida... escrevendo sobre ela.
Sem escrever eu passo por maus momentos. Momentos em que eu mudo de humor bruscamente sem que ninguém entenda, inclusive eu. Momentos em que eu arrumo briga com quem num merece, momentos em que eu não consigo pronunciar uma palavra.
São todas essas coisas, que durante esses 5 meses eu estaria escrevendo sobre, me rodeando, me sufocando.
Eu não sou mais eu.

Bom, pra 2012 eu não planejei superar essa crise, mas é meio óbvio que eu tente fazer de tudo pra vencê-la. Eu sei que existe uma maneira... eu só ainda não sei qual.
Eu quero muito continuar com o Blog, mas do jeito que as coisas estão... fica difícil. Mas eu prometo tentar.

Espero que ninguém tenha esquecido de mim, depois de tanto tempo sem postar... se ainda existir alguém ai lendo esse texto, por favor, comente alguma coisa. Nem que seja um "oi, comentei.".
Me faria muito bem saber que eu não estou falando sozinha.

beijo, e até a próxima vez.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

write?

Ah como eu tenho saudade do tempo em que era fácil escrever aqui.
Era fácil porque a vida era mais fácil, apesar de tudo.
É, eu só tenho 19 anos, mas já sinto falta de uma juventude que eu já tive e que já passou. A juventude livre de problemas de adulto. Livre de ter que tomar decisões importantes a todo segundo. Livre de rotinas massantes que sugam toda a energia do meu corpo.
Parece bobo ou até exagerado, mas eu olho pra trás, eu não preciso ir muito longe, pra ver que eu envelheci.
Meu corpo já não aguenta ficar 24 horas sem que doa alguma coisa.
Minha cabeça as vezes fica tão lotada de pensamentos que eu não consigo pensar em nada. É verdade!
Sabe quando várias coisas acontecem ao mesmo tempo e você não consegue se focar em um acontecimento só? Então... é mais ou menos isso.
Várias vezes por dia eu me pego olhando pro nada, enquanto meus pensamentos correm de um lado para o outro dentro do meu crânio, e nada acontece. Não consigo resolver nada.
De repente eu me vejo no meio de um milhão de coisas que eu achava estar longe de mim, mas que estão aqui agora.

É, foi-se o tempo em que eu podia desperdiçar horas e horas fazendo qualquer coisa. E mais uma vez, se eu soubesse que minha vida era tão mais fácil do que é hoje, eu teria passado menos tempo reclamando e mais tempo fazendo o que eu gosto: escrever.
Porque escrever sempre fez parte de mim, antes mesmo de aprender a escrever eu já escrevia. Como? Eu ditava minhas histórias e minha vó escrevia.
Eu falava de bruxas malvadas, princesas amaldiçoadas e até florestas enterradas nas profundezas do mundo.
Hoje as histórias são diferentes, apesar de ainda existir o papel da bruxa malvada.
O curioso é que minhas histórias nunca tinham um príncipe encantado no cavalo branco. As coisas sempre se resolviam sozinhas.
E é assim que eu escrevo minha história. Não espero que ninguém me salve, apenas espero que algo extraordinário aconteça e acerte tudo pra mim.
E o meu "algo extraordinário" é acordar todo dia, e dormir toda a noite.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

o silêncio que ela me dá.

Aperte o play. Escute.
Leia. Sinta.
Conclua.
Faça como quiser, a ordem não altera o resultado.




Eu gosto do silêncio que essa música me dá.
Um silêncio interno. Finalmente eu paro de pensar.
Eu ouço minha respiração calma. Ouço meu coração, forte.
As vezes eu consigo até sentir o sangue se apressando dentro das minhas veias.
Um silêncio interno. Finalmente eu consigo apenas sentir.
Eu gosto do silêncio que essa música me dá. Até a hora em que eu posso sentir o mundo dar suas voltas.
Eu fecho os punhos, cerro os dentes. Eu sinto todo o meu corpo querendo se mexer.
De repente o silêncio se transforma em vontade. O silêncio se transforma em vida.
A vida se transforma em música, e a música se transforma em mim.

Eu sou a música. Mas ela também pode ser você.





quarta-feira, 27 de julho de 2011

cinema com as amigas. (ou não)

Eu prometi que esse dia viraria um post do blog, porque por muitos motivos, esse dia merece ser eternizado.

Tudo começou a ficar estranho quando não tinha lugar pra sentar na praça de alimentação, e eu tive que atravessar o shopping com minha bandeja na mão até chegar a outra praça de alimentação mais vazia. Nem preciso dizer que todo mindo ficou olhando né?
Depois, o cinema.
Fazia mais de um ano que nós três não íamos ao cinema juntas... e a vida sabendo disso, resolveu brincar com a gente.
Compramos o ingresso pra ver Harry Potter 7, parte 2 em 3D. Entramos na sala, quase vazia, e esperamos bastante até o filme resolver começar. E quando começou... tinha treta na história!
A tela estava dividida... metade com cor normal e a outra metade ficou com a imagem azulada. E ai começou a confusão: todo mundo resmungando, gritando "tá com defeito". Mas o filme começou assim e ficou por uns 5 minutos.
Ai do nada, desligaram o filme e acenderam as luzes. (povo comemorando)
Na segunda tentativa, a mesma coisa. Tela dividida.
E foram algumas tentativas sem sucesso nenhum.
4 pessoas desistiram e saíram da sala.
Então uma funcionária chega e fala: Gente, estamos tentando resolver o "poblema", só mais um minuto.

Uma hora depois... literalmente.

Eu levanto e digo: vou lá fora comprar pipoca, quando eu voltar o filme já vai ter começado.
E NUM É QUE FUNCIONOU?
Então nós conseguimos, finalmente, assistir o último filme do Harry Potter o/

Moral da história? Eu deveria ter saído pra comprar pipoca antes. Porque Murph reina pessoas, nunca esqueçam disso.