quinta-feira, 2 de setembro de 2010

eu era um livro aberto.

"Nada melhor do que depois de um dia quente, quando tudo o que você quer é curtir um filminho, beber água gelada, e não fazer absolutamente nada, ser incomodada por uma pessoa que nem te conhece e acha que conhece."
Eu ia começar esse texto assim... mas pensando melhor, vou começar assim:

Eu sempre fui um livro aberto. Com meus amigos, com minha família, com qualquer pessoa. Eu peguei essa mania da minha vó, que faz questão de falar mais do que deve pra qualquer um. Mas chega uma hora que cansa. Sabe como eu descobri isso? As pessoas perdiam o interesse em mim com muita rapidez. Isso machucava.
No final do ano passado, fazendo minhas metas para 2010 (coisa que eu faço todo ano), eu me comprometi a fechar esse livro. Ser mais reservada, guardar coisas só pra mim. E foi a melhor coisa que eu fiz.
Mas hoje eu percebi um problema. Minto. Um enorme problema.
As coisas que eu já disse, aquelas páginas que eu já deixei certas pessoas lerem, ainda estão perdidas por ai. E hoje, essas pessoas jogaram tudo isso contra mim, de uma forma totalmente inconveniente e invasiva. Mas por serem essas pessoas, eu não pude dizer nada. Não pude esboçar nenhuma reação verdadeira.
Sabe, essas pessoas não me conhecem. Elas não sabem nem metade, da metade, da metade do que se passa dentro dessa cabeça. Como elas ousam fazer isso comigo? Me expor assim!! Até a última vez que eu verifiquei era a minha vida!
Eu queria ter o poder de corrigir ações passadas. Não, eu queria ter o poder de mudar a cabeça das pessoas. Talvez se eu tivesse algum poder de persuasão ajudaria, mas não tenho.
Na verdade, o que resolveria esse problema era só um pouco de respeito. Assim como eu respeito essas pessoas, elas deveriam me respeitar.
Eu nunca coloquei nenhum dos meus "amiguinhos roqueiros", como eles chamam, dentro do quarto deles pra se convencerem de que eles devem ouvir rock.
Então por favor, não coloquem seus amiguinhos dentro da minha casa, pra me convencer de que minha vida está errada, meus pensamentos são errados, meu cabelo tá errado, minhas unhas estão erradas, minhas roupas, atitudes, amizades, relacionamentos, QUE A PORRA TODA TÁ ERRADA!
Porque quem sabe da minha, como ela é hoje, sou eu.

O livro era aberto, eu fechei. Mas pra vocês, ele vai estar lacrado, trancado e muito bem guardado. E eu sinto muito pela distância emocional que isso vai nos causar.


ps: por favor, não tentem entender.

6 comentários:

  1. Adorei e não tentei entender, mas apenas entendi.

    Não preciso dizer nada, até porq já disse.

    Bjos, te adoro e adoro suas postagens *-*

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  2. o que dizer quando tudo ja esta dito...

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  3. Não tentei entender. Entendi tudo.
    Sei como é. Tem 15 anos já q tentam me mudar, e eu não mudei. Não mude!

    Ser um livro aberto não é um defeito.
    É um livro aberto quem não tem o que esconder.
    Mas nem todos merecem ler a poesia dentro de você.

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  4. Eu tento te entender sempre. E consigo. Hhahahaha. É nossa conexão. Tee amo!

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  5. Sei como é ². Passei uma situação muito muito muito tensa relacioanda a isso tudo, e sem me dar conta eu mudei , e me fechei também, não sei até que ponto eu fiz certo :S

    "Ser um livro aberto não é um defeito.
    É um livro aberto quem não tem o que esconder.
    Mas nem todos merecem ler a poesia dentro de você." ² ( do ali de cima \z

    ps; adoorei seu blog e seus textos *-*

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  6. Eu te entendo, em partes, pq passei por uma situação semelhante! A gente confia certas coisas pra alguém, pq espera que aquela pessoa vai ter o mínimo de consideração, e no final a pessoa puxa seu tapete. É frustrante!

    Eu acho preferível que seja um livro mais fechado, mas o inevitável é não se abrir pra alguém que vc goste mto... o problema é saber em QUEM confiar, se é que se pode confiar em alguém hj em dia...

    como tem lidado com relação a isso?

    ps: indicaram seu blog no twitter (@umagarotadisse) e gostei! :)

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